Os “Guerreiros” do Douro

Em 2014, com 92 anos fez a sua última vindima na Quinta do Espinho.

A Camila não foi só uma mulher que nasceu, cresceu, viveu, trabalhou e morreu no Douro.

Aprendeu com os seus pais o trabalho na vinha, os quais já tinham aprendido com os seus avós, e estes, já o tinham feito com a geração anterior. Estes homens e mulheres trabalham um ano inteiro para o momento da colheita, a vindima. Vivem da terra e para a terra.

Ainda hoje, o vinho que se produz nesta região não dispensa o trabalho do homem. Esta homenagem a todos os “guerreiros”, simbolizada pela Camila, é para nós sinónimo de enorme respeito e apreço pelas gentes do Douro.

As vinhas mais antigas (1750) do Douro plantada em socalcos tradicionais, suportados por muros de pedra foram construídos à mão pelos “guerreiros” do Douro. Séculos de trabalho árduo, em condições climatéricas extremas, não são indiferentes a ninguém .

Com um dos terroir´s mais distintivos da história da viticultura, os socalcos proporcionam  uma das paisagens vínicas mais fantásticas do mundo.

Nota: A vinha tem trabalho durante 11 meses por ano durante todo o ciclo vegetativo da videira (de Dezembro a Outubro).