Considerada uma das grandes paisagens vinícolas do mundo, o Alto Douro Vinhateiro foi classificado pela UNESCO como Património Mundial em 2001.
A sua situação logística e estratégica é excepcional, em acessibilidades e, sobretudo, no enorme potencial vitícola, paisagístico e ambiental nas produções a que se dedica.
Às vinhas em socalcos que se estendem do rio à altitude de 195 metros, junta-se um solo rico em nutrientes, formado por pedaços laminados de xisto que retêm a humidade necessária para que a videira sobreviva nas condições quase áridas que prevalecem durante a maior parte do verão.
Em 1986 iniciou-se o projecto de instalação de novas vinhas e reestruturação da vinha velha. Em 2010 procedeu-se à requalificação das instalações da adega e armazém. Respeitando integralmente as exigências impostas pela localização da Quinta, no coração da região Douro, restauraram-se os edifícios do início do séc. XVIII mantendo estruturas tradicionais como os lagares em pedra, ainda hoje utilizados. Procedeu-se à remodelação com os mais modernos equipamentos de vinificação e armazenamento, de forma a garantir a máxima qualidade e versatilidade no exigente processo de vinificação.
A história da quinta remonta à demarcação original das vinhas do vinho do Porto por ordem do Marquês de Pombal em 1756, quase um século antes de Bordéus.
A Quinta do Espinho pertence à família Macedo Pinto há várias gerações. Com origem em Tabuaço, granjearam na região extensas áreas de vinha e participaram activamente na regulação socioeconómica do vinho do Porto e iniciativas de valorização da região.
Várias são as referências a esta família na actividade vinícola do Douro. No livro “Devassa que mandou proceder sua Majestade no território do Alto Douro” de A. Mesquita e Moura, de 1771-1775, na pág. 1005, transcreve-se a carta do Conde de Oeyras, Marquês de Pombal, de 15 de Fevereiro de 1755, que menciona a Luísa Maria de Silva, da Quinta do Espinho, a venda de 220 pipas a Nicolau Copque (Kopke). No nono volume do Dicionário “Portugal Antigo e Moderno”, de Augusto Soares de Azevedo Barbosa Pinho Leal, editado em 1880, a família Macedo Pinto é referida como proprietária da “a melhor e mais extensa vinha de Portugal, e poucas no estrangeiro se lhe avantajariam. Podia produzir dezenas e dezenas de pipas do famoso Port-Wine”.
Um dos ramos da família Macedo Pinto retomou há trinta anos o projecto vitivinícola da Quinta do Espinho orientado para a produção de uvas de qualidade e de vinhos de quinta.
